terça-feira, 7 de junho de 2016

Passo a passo para a construção de um mosaico.
1. A figura acima é uma circunferência com um ponto central que foi dividida em 12 arcos iguais a 30º (por quê 30º?).
2. Trace 6 diâmetros utilizando cada par de pontos e o centro. ( o quê é diâmetro?)
3. Utilizando 6 pontos, construa um hexágono regular (lados com medidas iguais), que chamaremos de H1.
4. Utilize os pontos médios de H1 para construir um novo hexágono regular, que chamaremos de H2.
5. Construa um triângulo eqüilátero de modo que 3 de seus vértices coincidam com vértices de H1. Construa outro triângulo eqüilátero utilizando os demais vértices de H1. (o quê é triangulo eqüilátero?)
6. Observe que os lados desses triângulos se cruzam em 6 pontos. Em seu desenho, destaque esse novo hexágono, que chamaremos de H3.
7. Considere um par de lados opostos de H2. Cada um desses lados intersecta os lados dos triângulos em dois pontos. Marque os quatro pontos e use-os para traçar um par de segmentos paralelos. (o que é segmento paralelo?)
8. Repita os passos de 7 para os demais pares de lados opostos de H2. Com isso você terá construído uma estrela de 6 pontas no centro do desenho.
9. Pronto! Agora pode colorir à vontade o seu mosaico!!
Este trabalho foi oferecido na oficina “A beleza da geometria nos mosaicos árabes” pelos professor Marcos Alves dos Santos (CAEM-IME-USP) e pela professora Dra. Martha Salerno Monteiro (IME-USP) em 6 de maio de 2016.

domingo, 9 de junho de 2013

Fica a dica.......

Uma excelente leitura........

Devlin, Keith - O GENE DA MATEMÁTICA: o talento para lidar com númenros e a evolução do pensamento matemático (Editora Record, 2004).

No livro “ O Gene da Matemática” escrito por Keith Devlin, no capítulo 4 intitulado de  “O que é a Matemática?” Ele afirma  o fato de que para a maioria das pessoas,  matemática é apenas fazer cálculos com números. Num esforço de combater esse  mito ele enumera uma lista de mitos existentes em relação a matemática e a partir daí coloca a “mão na massa” para derrubar cada um deles.


Boa leitura, espero que gostem


sábado, 8 de junho de 2013

Sobre a escrita, leitura e oralidade.

Minha mãe foi a pessoa que me alfabetizou.
Ela lia algumas tirinhas de jornal e gibis que meu pai comprava. Colocava toda a entonação possível e estimulava ainda mais a imaginação. Era muito prazeroso ouvi-la!
Depois veio o Caminho Suave que abriu as portas para minha independência e assim pude começar a ler sozinho o que via pela frente: pequenos livros de histórias infantis, gibis do Recruta Zero (tenho até uma foto pra comprovar) e outras publicações para garotos daquela faixa etária.
Um dia, ganhei um caderno que se chamava “de linguagem” e aí me ensinou a escrever. Como tinha uma letra medonha, passei a escrever em um caderno de caligrafia, aquela com uma linhazinha auxiliar, para tentar dar algum significado plausível à tudo aquilo. Não deu muito certo. Talvez por isso eu não tinha motivação para escrever. Mas incentivo para ler não faltava! Quando entrei na escola, meu pai comprou, com muito sacrifício, a coleção da BARSA ou Enciclopédia Britânica e a tudo aquilo juntou-se um dicionário chamado Lello que possuía sua juventude. Posso afirmar que li quase tudo o que continha lá. Na escola, sempre que se pedia um trabalho ou pesquisa, era lá que encontrava o conteúdo para fazê-los.
Mas escrever continuava a ser um grande problema! Nunca ganhei acima de 8 nas minhas redações. Pelo contrário, quando a professora de Língua Portuguesa precisava de um contra exemplo, adivinhe qual redação ela lia? Acho que ela passava maus bocados tentando entender os meus garranchos. O consolo é que nunca havia erros de Gramática, concordância ou de acentuação! Eu sabia todas as regras. Era um bom aluno.
Meu problema era a falta de talento mesmo. Plagiava trechos de autores que lia sem querer. Não tinha a menor originalidade! Confesso que não li, na época, Memórias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Memórias de um sargento de milícias, O quinze, Os sertões, A hora da estrela, Capitães de areia, Grande sertão: veredas. Mas adorava toda a coleção do Para Gostar de Ler da editora Ática. Lia tudo de Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Lourenço Diaféria, Edgar Allan Poe, Luis Fernando Veríssimo, Lígia Fagundes Telles, Rudyard Kipling, Stanislaw Ponte Preta, Samuel Wainer. Gostava de crônicas pois eram mais curtas e, muitas vezes, eram divertidas!
Preparando-me para entrar na universidade, no cursinho, havia um professor de literatura que encantava os alunos com sua leitura, cheia de expressão e sentimento, de trechos dessas obras que rejeitei durante o ensino médio. Eram passagens maravilhosas de Dom Casmurro, O quinze, A hora da estrela, obras de Castro Alves, T. S. Eliot, Oscar Wilde, Scott Fitzgerald, Pirandello e outros autores do mundo todo!
Certo dia, depois de muitos anos, meu sogro me convidou para participar de um curso de oratória. Falar em público era uma experiência que nunca havia enfrentado. Fiquei aterrorizado com a situação de ter que falar pessoas estranhas. No primeiro dia do curso tínhamos que discursar sobre um assunto que conhecíamos muito bem: falar de si próprio! Depois de ver os discursos dos colegas, eu percebi que todos tínhamos dificuldades em falar sem nenhum texto em mãos: alguns falavam muito baixinho, gaguejavam, ficavam desconfortáveis, choravam e não tinham coragem de ser mais claros em suas ideias. Quanto mais rápido terminassem, melhor. Eu também estava assim.
Porém, com o passar do tempo, podia-se sentir a evolução dos participantes. Melhoravam sua postura, os assuntos eram mais divertidos e interessantes. A razão disso é que para se falar bem é preciso estar preparado. E para estar preparado é preciso ter escrito e reescrito várias vezes o que iria discursar. Claro!
Creio que, para meu desenvolvimento em leitura e escrita foi necessário alguém ou alguma coisa (mãe, o professor do cursinho, o curso de oratória) que apresentasse as obras para mim. A oralidade foi o estímulo necessário para estimular a outras competências.

Prof. José Carlos Suzuki

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Depoimento da profª Isa Mello

Quem me alfabetizou foi a minha mãe utilizando jornal e revista. Na escola também utilizei a cartilha Caminho Suave que tenho até hoje. Meus pais trabalharam na roça e meu pai gostava de escrever poesias e ler José de Alencar e Machado der Assis. Cresci com eles lendo muito e as 13 anos eu e minha irmão íamos a cada 15 dias na biblioteca para pegar 2 livros cada uma. Coleção Vagalume, Clássicos da Literatura, minha irmão ganhou com uma redação uma biblioteca com livros das Edições de Ouro e nós a devoramos. Aos 14 anos li E o vento levou e o Moço loiro. Tenho um caderno em que escrevo o nome dos livros que li e as datas. Atualmente não consigo dormir sem não ler pelo menos 10 minutos e acabei de me dar de presente um kindle para carregar meus livros e textos aonde for, mas não dispenso o livro de "papel". Certa vez li que "Uma casa sem livros é como um homem sem alma" e por isso procuro incentivar meus alunos a lerem - quando vejo um livro em suas mãos gosto de falar se já o li ou não e de me interessar pelo seu gosto. Blog de livros? É o que mais visito. Gosto de livros históricos, aventura, literatura fantástica, romance, biografias, e claro livros de Matemática. Quando jovem queria ser escritora, fazer Letras. Mudei de ideia no Ensino Médio mas minha paixão pela leitura e escrita não passa - só tem aumentado. O livro é o nosso companheiro ; nos leva a sonhar, a viajar e também é nosso refúgio e principalmente ajuda em nosso eterno aprendizado.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Depoimento profª Khorem

Muitas são as minhas experiências com a “palavra escrita”, afinal todos tivemos nosso primeiro contato com ela na infância, no início de nossa alfabetização e este contato ainda não chegou ao fim. Boas experiências devem ser compartilhadas, em nosso caso, como professores de matemática, nada melhor do que socializar nossos conhecimentos com a palavra escrita em sala de aula. Uma de minhas primeiras experiências em sala de aula com a palavra escrita foi a aplicação de redação aos alunos ao final dos bimestres. No início, os alunos ficaram  muito espantados, até ser explicado para eles o que eu necessitava como professora,  aprender com eles, “aprender a ser uma professora melhor”. Precisava que eles fizessem críticas e dessem sugestões, só assim minhas aulas poderiam melhorar e eu aprenderia a ser uma professora cada vez melhor. Essa prática me ajuda até hoje, a entender melhor meus alunos, suas dúvidas e seus anseios. Além de conseguir corrigir algumas posturas. Esta semana iniciei uma nova experiência com minhas turmas das 6ª séries/7º anos. Comecei a leitura do livro “História de Sinais” (Luzia Faraco Ramos - editora Ática), estou lendo por capítulos, os alunos ficaram extremamente curiosos e ansiosos pela continuação, queriam saber se tinha certeza que o tema do livro era matemática e os números negativos, pois parecia mais uma historia, agora toda aula eles querem que eu leia um pouco em todas as aulas e alguns até falaram em comprar o livro para saber logo o final. Bom, após a leitura, eles irão elaborar um resumo e relacionar, assim como no livro, os números com sinais em seu cotidiano, tem sido uma experiência muito agradável que irei repetir com outras turmas e com outros livros e temas.
Afinal, matemática não se resume apenas a números, contas e equações ela é muito mais e minha meta é mostrar isso aos meus alunos.

Profª Khorem

O nascimento do prazer pela leitura

Ler e escrever pode ser um drama para muitas pessoas, mas acredito que o que realmente acontece é que essas pessoas ainda não se depararam com aquele livro que realmente tocam a nossa alma...

Lembro de ter iniciado a pré-escola aos quatro anos já com noções de leitura e escrita aprendidas em casa com a supervisão de minha mãe e auxílio de meu irmão, quatro anos mais velho.
Sempre gostei de ler, desde meus primeiros contatos com os livros, ainda na educação infantil.
Já no ensino fundamental, por volta dos onze anos adorava ler poesias, ficava horas lendo Cecília Meireles, acredito que devido a seu gênero mais romântico (estava na adolescência). Hoje gosto mais de Manuel Bandeira...

Embora sempre estivesse em contato com a leitura, o que definitivamente foi determinante para desenvolver meu prazer pela leitura foi a série "Harry Potter", tinha treze anos quando vi, atrás de um ônibus, o anúncio do lançamento do terceiro livro da série "Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban". Na mesma hora senti uma vontade imensa de começar a lê-lo. 

Como se já não bastasse essa vontade sem explicação que nascia dentro de mim, tudo parecia conspirar para que eu conhecesse esse mundo mágico de "Harry Potter" e mais fantástico ainda, o mundo da leitura... No mesmo dia em que vi o anúncio do livro na traseira do ônibus, em uma visita à casa de uma prima vi o primeiro livro da série que ela havia acabado de ganhar "Harry Potter e a pedra filosofal". Sem delongas, disse que adoraria ler o livro e ela logo me emprestou... Devorei o livro em dois dias e no fim de semana seguinte já estava eu em uma livraria com minha mãe comprando os outros dois livros da série já lançados em português. Era o início de minha paixão e, possivelmente, loucura pelos livros... Em menos de duas semanas já havia lido os três primeiros livros da série e começava a angústia pela espera dos próximos, que eram lançados anualmente, no mínimo... 

A cada anúncio de lançamento do novo livro eu iniciava os preparativos para entrar totalmente na história outra vez... lia todos os primeiros livros novamente para ter todos os detalhes fresquinho na memória para acompanhar a saga perfeitamente. Isso foi até o lançamento do sétimo e último livro da série em 2007, quando comprei o livro ainda no pré-lançamento, e assim como milhares de fãs, fiquei ansiosa esperando o livro chegar na minha casa...

Essa história marcou minha infância e adolescência de um modo muito especial... Tenho duas cópias de cada livro em português e uma no idioma original.

No ensino médio fui apresentada a grandes clássicos como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis e "Sagarana" de Guimarães Rosa, hoje meus livros prediletos... Adoro literatura clássica brasileira e estrangeira, em minha coleção elas correspondem a mais da metade das obras.

O prazer pela leitura me colocou em um concurso literário junto com outros cinco colegas no Ensino Médio, escrevemos uma poesia baseada na obra de João Cabral de Melo Neto "Morte e Vida Severina" e na de Graciliano Ramos "Vidas Secas". Não ganhamos, mas essa foi uma grande experiência com a escrita para mim... favoreceu ainda mais minha paixão pela leitura e escrita.

Em 2006 iniciei meus estudos superiores em Matemática, pois essa também era uma grande paixão, mas ano passado não resisti e iniciei uma nova graduação, dessa vez em letras... Hoje faço Mestrado em Matemática e paralelamente a graduação em letras. Duas paixões caminhando juntas e se completando dentro de mim...

Ler é um alimento para a alma... Estimula os sonhos e a criatividade...


Joyce Paula da Silva
Professora de Matemática

Depoimento Prof. Juliana Ferreira dos Santos

Na época de escola não gostava de ler, quando meus professores pediam para nós lermos algum livro, eu lia, mas não gostava e não entendia quase nada do que lia, mas uma coisa eu gostava, da "MATEMÁTICA", tinha um raciocínio lógico muito bom e resolvia todos os problemas propostos pelos professores. Hoje, como professora, vejo quanto tempo perdi da minha infância e adolescência, agora incentivo meus alunos a ler e mostro a importância da leitura nos dias de hoje. Hoje sei que a leitura é uma ferramenta muito importante no ensino da matemática, pois depois que comecei a ler sobre conceitos e autores vi que não sabia nada na época de escola, era apenas uma boa aluna.
Portanto temos que incentivar nossos alunos a ler... não é uma tarefa fácil...

Abraços, prof. Juliana.